Tecnologias de segurança automóvel e como verificá-las
Num mundo em que a hora de ponta se assemelha a uma perpétua paragem nas boxes, os avanços tecnológicos continuam a desempenhar um papel fundamental na mitigação dos riscos e no aumento da segurança de todos na estrada.
Neste artigo, vamos analisar algumas das principais inovações em matéria de segurança automóvel. Verifica a segurança do carro usado e descobre se todas as tecnologias estão a funcionar corretamente.
As aparências enganam!
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Tecnologias de segurança comuns em veículos modernos
A maioria dos automóveis modernos está equipada com funcionalidades de alta tecnologia que proporcionam maior segurança na estrada e melhoram significativamente a experiência de condução.
Eis um resumo das tecnologias de segurança automóvel mais comuns (para além das óbvias, como os cintos de segurança ou os airbags) que podes querer encontrar no automóvel que vais comprar.
Piloto automático adaptativo
O piloto automático adaptativo é uma tecnologia avançada de assistência ao condutor criada para melhorar a segurança do veículo e o conforto de condução.
O piloto automático tradicional permite que o automóvel mantenha uma velocidade definida sem intervenção manual do condutor. O piloto automático adaptativo também consegue ajustar automaticamente a velocidade do veículo para manter uma distância de segurança em relação ao automóvel da frente.
Esta tecnologia de segurança automóvel pode reduzir significativamente o stress de conduzir no trânsito e ajuda a evitar colisões traseiras causadas por desatenção ou reações tardias. Ainda assim, deves estar sempre atento ao que te rodeia porque o piloto automático adaptativo não substitui o condutor.
Como testar o piloto automático adaptativo?
Para verificares este sistema, deves definir uma velocidade específica e uma distância de segurança e verificar se o sistema consegue mantê-las e adaptar-se ao tráfego.
Conduz o automóvel atrás de outro veículo e observa a forma como se adapta à situação na estrada. O sistema deve acelerar ou desacelerar suavemente o veículo, ou até mesmo pará-lo, se necessário. Uma vez que movimentos bruscos ou atrasos podem indicar um problema, recomendamos que testes o sistema em diferentes condições (trânsito ligeiro e intenso, diferentes velocidades, etc.).
Sistema de aviso de saída da faixa de rodagem
A principal função do sistema de aviso de saída da faixa de rodagem é alertar o condutor sempre que o seu veículo estiver a sair da faixa de rodagem sem utilizar o indicador de mudança de direção. Geralmente, estes sistemas recorrem a uma câmara montada no espelho retrovisor ou junto ao para-brisas para monitorizar a posição do veículo na faixa de rodagem, mas também podem ser utilizados sensores a bordo, radar, GPS e lasers.
O sistema pode enviar diferentes tipos de avisos, como:
- avisos visuais, que consistem em luzes que piscam ou num ícone que aparece no painel de instrumentos;
- avisos sonoros, que normalmente são bipes;
- alertas hápticos, que podem ser sentidos (por exemplo, vibrações no volante).
Estes sistemas são importantes para a melhoria da segurança na estrada, porque ajudam os condutores a evitar ou mitigar situações potencialmente perigosas.
Como testar o sistema de aviso de saída da faixa de rodagem?
Para testares este sistema, deves ir para uma estrada que tenha as linhas das faixas de rodagem visíveis e conduzir dentro da faixa de rodagem, prestando atenção à resposta do sistema. Quando estiveres numa zona segura, experimenta sair ligeiramente da faixa de rodagem (sem acionar o pisca). O sistema deve acionar um alerta assim que passares por cima da linha – se o fizer, significa que está a funcionar corretamente.
Sistema de deteção do ângulo morto
O sistema de deteção do ângulo morto é útil para detetar e evitar veículos e outros obstáculos que possam surgir no ângulo morto do veículo – trata-se de uma área envolvente ao veículo que não é visível ao condutor através dos espelhos e janelas. Este sistema usa vários sensores e fornece avisos visuais ou sonoros.
Embora o sistema de deteção do ângulo morto possa ajudar a reduzir o número de acidentes e colisões na estrada, não deves depender totalmente dele. Tal como acontece com tecnologias semelhantes, este sistema pode gerar falsos alarmes, especialmente em condições climatéricas extremas ou quando os sensores estão obstruídos. Mantém-te atento em todas as circunstâncias e, sempre que possível, verifica fisicamente as zonas sem visibilidade.
Como testar o sistema de deteção do ângulo morto?
Para testares este sistema, vai para uma estrada que tenha várias faixas de rodagem e um volume de tráfego moderado. Antes de começares, certifica-te de que sabes como é que o sistema indica a presença de veículos no ângulo morto – alguns recorrem a alertas visuais nos espelhos retrovisores laterais ou num pilar “A” e outros podem fornecer avisos no painel de instrumentos ou apresentar a imagem da câmara em direto.
Estes sistemas usam câmaras, sensores, e radares para alertar sobre a presença de outros veículos. Por isso, basta ativá-lo e começar a conduzir – assim que o sistema detetar um objeto no ângulo morto, aciona um alerta.
Sistemas de colisão frontal
Os sistemas de colisão frontal (também conhecidos como sistemas de aviso de colisão frontal ou sistemas de atenuação de colisão) podem fornecer alertas visuais, sonoros, ou de outro tipo sempre que o veículo se aproxima de um obstáculo (por exemplo, passageiros, um automóvel que circula mais devagar ou um automóvel parado à frente).
Tal como outros sistemas avançados de assistência ao condutor, o sistema de colisão frontal utiliza vários sensores para monitorizar a estrada à frente e determinar se existe risco de colisão. Para orientar o condutor, considera fatores como a velocidade dos veículos envolvidos, a velocidade de impacto, e a distância entre objetos.
Como testar o sistema de colisão frontal?
A verificação do sistema de colisão frontal implica cenários simulados que podem ajudar a avaliar a capacidade do sistema para detetar potenciais perigos e alertar ou intervir para os evitar. É importante referir que a velocidade mínima a que este sistema é ativado pode variar consoante o veículo, pelo que deves consultar o Manual do Proprietário antes de tirares conclusões (normalmente, a velocidade mínima é de 16 a 32 km/h).
Quando estiveres pronto, vai para uma estrada deserta e sem trânsito (por exemplo, um parque de estacionamento vazio). Posiciona um objeto fixo, como uma placa de espuma ou uma caixa de cartão, a uma distância segura à frente do seu veículo. Começa a conduzir em direção ao objeto a velocidade moderada, mas garante que há distância suficiente para parares em segurança no caso de o sistema falhar.
Ao aproximares-te do obstáculo, presta atenção à resposta do sistema. Este deve avisar o condutor da potencial colisão através de alertas visuais ou auditivos ou aplicando uma travagem automática, dependendo das suas capacidades.
Travagem automática de emergência
O sistema de travagem automática de emergência é muitas vezes associado aos sistemas de colisão frontal, dado que também analisa a estrada à frente durante a condução e alerta para a presença de um obstáculo à frente do veículo.
A diferença entre estes dois sistemas é que, se não responderes aos avisos e não agires numa situação crítica, o sistema de travagem automática pode abrandar automaticamente o carro ou até mesmo pará-lo para evitar um acidente ou reduzir a gravidade do mesmo.
Como testar o sistema de travagem automática?
À semelhança do sistema de colisão frontal, podes testá-lo através da colocação de um alvo macio num parque de estacionamento vazio. Depois, deves começar a conduzir em direção ao obstáculo a velocidade segura e controlada, assegurando que podes parar o carro se necessário.
À medida que te aproximas do obstáculo, o sistema deve detetá-lo e iniciar a travagem automaticamente. Antes de acionar os travões, o sistema também pode emitir avisos visuais ou sonoros.
Sistema de travagem antibloqueio
O sistema de travagem antibloqueio (ABS) tornou-se uma funcionalidade de segurança muito comum e uma das mais importantes nos automóveis modernos. Evita o bloqueio das rodas durante travagens bruscas.
Sem o ABS, pressionar o pedal do travão faz com que os calços dos travões exerçam uma pressão forte contra os discos das rodas e impede a rotação das rodas, provocando o seu bloqueio. Numa situação destas, deixa de ser possível conduzir e o veículo continua a mover-se de forma descontrolada.
Quando o ABS reconhece que uma roda está prestes a bloquear, reduz temporariamente a pressão dos travões nessa roda, permitindo-lhe recuperar a tração. Como as rodas continuam a rodar, o condutor consegue manter o controlo sobre o automóvel em caso d travagem brusca.
Como testar o sistema de travagem antibloqueio?
Encontra um local seguro, sem trânsito e sem perigos ou obstáculos, onde possas efetuar o teste do sistema ABS. Certifica-te de que sabes como funciona o ABS no carro que estás a testar. Normalmente, o sistema está sempre ativo, a menos que haja alguma avaria indicada por uma luz de aviso no painel de instrumentos.
Começa o teste acelerando o veículo até uma velocidade moderada. Quando estiveres pronto, pressiona o pedal do travão de forma firme e constante para iniciar uma manobra de travagem forte e controlada.
Se tiveres travões ABS, é perfeitamente normal sentir uma sensação de pulsação ou vibração durante a travagem de emergência. Até pode fazer ricochete. Continua a pressionar o pedal do travão enquanto viras suavemente o veículo, já que o ABS permite manter algum controlo da direção durante a travagem. Para avaliar a eficácia do ABS em diferentes cenários, repete o teste de travagem controlada a diferentes velocidades.
Câmaras de visão traseira
As câmaras de visão traseira, também designadas por câmaras de marcha-atrás, proporcionam aos condutores uma visão mais clara da área atrás do automóvel quando fazem marcha-atrás. O condutor vê um vídeo em tempo real no ecrã integrado no painel de instrumentos, no sistema de infoentretenimento, ou no espelho retrovisor, que lhe permite conduzir melhor o veículo e evitar obstáculos enquanto faz marcha-atrás.
As câmaras retrovisoras são instaladas no puxador da porta da bagageira, na moldura da matrícula ou noutro local semelhante. Estão equipadas com lentes grandes-angulares para captar uma visão mais ampla da área atrás do veículo; algumas delas também podem ter características como sensibilidade a baixa luminosidade ou visão noturna para melhorar a visibilidade no escuro.
Como testar a câmara de visão traseira?
Testar a câmara de visão traseira é uma tarefa simples que não requer condições especiais. Na maioria dos automóveis, as câmaras de visão traseira ligam-se automaticamente quando a ignição é acionada. Para que a câmara funcione, engata a marcha-atrás. Deves conseguir ver a imagem da câmara na unidade de visualização.
Verifica a imagem, garantindo que está nítida e sem distorções ou desfocagem. É preferível experimentar em diferentes condições de iluminação. Também podes colocar vários objetos no campo de visão da câmara para verificar o ângulo da câmara e descobrir se esses objetos são visíveis no visor.
A maioria das câmaras de visão traseira também tem orientações que ajudam a estacionar, por isso, testa se aparecem corretamente e se se movem de acordo com a rotação do volante. Se algo parecer estranho, procura sinais visíveis de sujidade ou danos na lente da câmara que possam obstruir a visão.
Faróis adaptativos
Ao contrário dos faróis convencionais, os faróis adaptativos não estão fixos numa posição e conseguem ajustar automaticamente a direção e a intensidade da luz com base em vários fatores, como o ângulo de direção, a velocidade do veículo, e as condições da estrada.
O seu principal objetivo é melhorar a visibilidade e a segurança durante a condução no escuro ou em condições de fraca luminosidade, iluminando a estrada de forma mais eficaz, especialmente em curvas e esquinas. Enquanto os faróis normais iluminam diretamente à frente do veículo, os faróis adaptativos conseguem mudar a direção e iluminar o caminho que o condutor está prestes a percorrer.
Como testar os faróis adaptativos?
O principal objetivo é testar os faróis adaptativos em várias condições (escuro, estradas com curvas, obstruções) para verificar se eles respondem bem.
Por exemplo, podes estacionar o carro virado para uma parede, ligar os faróis e rodar lentamente o volante. Os faróis devem ajustar a sua direção para iluminar a área para onde o carro está a virar.
Ao contornar esquinas e ao fazer curvas, observa se os faróis se ajustam para proporcionar uma melhor visibilidade na direção da curva. Verifica também se ajustam o alcance e a intensidade com base na velocidade, especialmente a velocidades mais elevadas.
Ao mesmo tempo, fica atento ao painel de instrumentos quanto a eventuais luzes de aviso ou erros relacionados com os faróis adaptativos. Se aparecer algum aviso, isso pode indicar uma avaria que necessita de atenção.
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
A pressão correta dos pneus é fundamental para uma condução segura – pneus com pouca pressão podem reduzir a tração, aumentar as distâncias de travagem, e aumentar o risco de derrapagem ou aquaplanagem em condições de chuva. Por outro lado, pneus com demasiada pressão podem reduzir a estabilidade e a manobrabilidade do veículo. Felizmente, o sistema de controlo da pressão dos pneus (TPMS) pode ajudar-te a garantir que está tudo bem com os pneus.
Como cada pneu tem um sensor de pressão que mede constantemente a pressão do pneu, o TPMS consegue fornecer informações em tempo real ao condutor. Por exemplo, se o sistema detetar que a pressão de um ou mais pneus está abaixo de um determinado limiar, ativa uma luz de aviso no painel de instrumentos.
A partir daí, é da responsabilidade do condutor verificar e ajustar a pressão dos pneus com base no aviso fornecido, uma vez que o sistema não é capaz de o fazer sozinho.
Como testar o sistema de monitorização da pressão dos pneus?
Para testares o sistema TPMS, deves simular uma pressão baixa nos pneus, esvaziando ligeiramente um ou vários pneus abaixo do nível recomendado. Podes utilizar um medidor de pressão dos pneus para fazeres uma medição exata.
Depois, conduz o automóvel durante uma curta distância (cerca de 10 minutos) a velocidade baixa para permitir que o TPMS detete a alteração de pressão. Aguarda que a luz de aviso no painel de instrumentos se acenda. Alguns automóveis apresentam a pressão de cada pneu individualmente, por isso, confirma se é mostrada a pressão correta para o(s) pneu(s) afetado(s).
Não te esqueças de voltar a encher os pneus até aos níveis recomendados antes de arrancar.
Conselhos gerais sobre como verificar as tecnologias de segurança ao comprar um automóvel usado
Pesquisa o modelo
Antes de te encontrares com o vendedor, pesquisa a marca e o modelo específicos do carro para saberes que características de segurança deve ter. Assim, saberás o que procurar durante o check-up.
Normalmente, podes encontrar essas informações no site do fabricante ou no Manual do Proprietário online. Estes recursos devem fornecer informações completas sobre as características do veículo, incluindo as tecnologias de segurança.
Check-up visual
A maioria dos sensores e das câmaras de tecnologia de segurança do carro está localizada na grelha, no para-choques traseiro, ou nos espelhos retrovisores, pelo que deves verificar estes pontos durante a inspeção visual ao automóvel. Verifica se há sinais de danos ou outras questões que possam indicar um problema com um dos sistemas.
Além disso, não te esqueças de verificar também o interior. Verifica se aparecem luzes de aviso ou outros indicadores relacionados com as funcionalidades de segurança. Se alguma luz estiver acesa, pergunta ao vendedor sobre o problema. Verifica os botões, interruptores e manípulos relacionados com as tecnologias de segurança do veículo e certifica-te de que estão funcionais e respondem bem.
Test drive
Um test drive proporciona ao condutor uma experiência prática, permitindo-lhe verificar se todos os dispositivos de segurança funcionam como devem. Por isso, pesquisa os dispositivos de segurança antes de entrares no automóvel, já que este conhecimento pode ajudar-te a prestar atenção a aspetos de segurança específicos durante o test drive.
Quando estiveres no automóvel, tenta perceber como funcionam as características específicas em condições reais. Por exemplo, simula um cenário em que o sistema de travagem automática de emergência entra em ação quando te aproximas de um objeto parado. Faz sempre o teste em condições seguras!
Relatório histórico do veículo
Um relatório histórico do veículo pode fornecer informações valiosas sobre as especificações do automóvel, os acidentes registados, a propriedade do veículo, a quilometragem real, e muito mais. Ao comprar um automóvel usado, verificar o seu historial é crucial para compreender melhor o seu estado geral, mas também pode ajudar a detetar potenciais problemas relacionados com as funcionalidades de segurança.
Deves consultar a secção de danos, que pode revelar se o automóvel já sofreu um acidente grave. Embora a maioria dos danos visíveis possa ter sido reparada, os equipamentos de segurança podem ter sido danificados ou substituídos. Sabendo isto, podes fazer perguntas e obter mais informações sobre o estado atual de funcionalidades específicas.
Para obteres o relatório histórico do veículo, precisas de conhecer o seu número VIN. Geralmente, podes encontrá-lo no tablier do lado do condutor, na moldura da porta, ou até no anúncio do automóvel. Introduz o número no nosso decodificador de VIN e descobre tudo sobre o passado do veículo.
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Check-up profissional
Claro que nada supera uma vistoria efetuada por um mecânico ou técnico profissional antes da compra. O profissional pode verificar minuciosamente os sistemas do automóvel e confirmar (ou negar) que todas as características e tecnologias de segurança estão a funcionar corretamente. Tal inclui airbags, controlo de estabilidade, travões antibloqueio, e outras características dos sistemas avançados de assistência ao condutor.
Se a vistoria profissional revelar algum problema, também podes utilizar esta informação para negociar o preço do veículo em segunda mão.
Evolução das tecnologias de segurança
A tecnologia de segurança automóvel já evoluiu bastante desde que os primeiros automóveis foram apresentados ao público. Os primeiros automóveis eram desajeitados e difíceis de controlar, além de que se tratava de algo totalmente novo a que as pessoas não estavam habituadas, o que, naturalmente, deu origem a muitos acidentes.
Como resultado, os fabricantes foram obrigados a efetuar alterações e a melhorar a segurança.
Início do século XX
Uma escova de limpeza manual (patenteada como “Window-Cleaning Device”) foi um dos primeiros dispositivos de segurança automóvel desenvolvidos em 1903. Foi criada por uma mulher chamada Mary Anderson que, durante uma viagem de carro em Nova Iorque, se deparou com condições climatéricas adversas.
Na sua opinião, não fazia sentido que o operador do carro ficasse com a cabeça de fora para ver a estrada, o que também criava um certo desconforto para os passageiros.
Embora a impraticabilidade fosse uma componente importante das invenções seguintes (as escovas do limpa-para-brisas foram rapidamente seguidas por espelhos retrovisores, vidros de segurança, e um braço de sinalização automática para indicar a direção do carro), o desenvolvimento contínuo de tais características teve impacto significativo na segurança rodoviária.
Anos 50
Na década de 1950, foram desenvolvidas várias invenções cruciais que ainda se encontram entre os principais dispositivos de segurança dos automóveis modernos.
Por exemplo, em 1951, Walter Linderer criou o airbag que devia ser acionado pelo condutor ou por contacto com o para-choques do automóvel. Só em 1999 se tornou norma e, desde então, os airbags continuaram a evoluir para uma maior eficiência. Num período de 30 anos (1987–2017), esta invenção salvou mais de 50 000 vidas, segundo a NHTSA.
Outra invenção importante foi o cinto de segurança de três pontos, concebido por Nils Bohlin, que trabalhava na Volvo. Ao adicionar uma correia sobre o ombro, Bohlin melhorou a anterior correia abdominal, proporcionando proteção adicional aos passageiros. Até hoje, continua a ser um dos dispositivos de segurança automóvel mais eficazes alguma vez criados.
Segunda metade do século XX
Durante este período, não só foram introduzidas muitas outras funcionalidades de segurança essenciais, como algumas delas acabaram por se tornar obrigatórias por lei. A partir de 1968, todos os veículos a motor passaram a ser obrigados a ter luzes de marcação lateral, colunas de direção rebatíveis, cintos de ombro nos bancos da frente, e apoios de cabeça que pudessem ajudar a aliviar lesões por efeito de chicote.
Nos anos 90, começaram a ser instalados mais sistemas eletrónicos nos veículos, nomeadamente proteção contra impactos laterais, sistemas de assistência à travagem, e sistemas eletrónicos de controlo da estabilidade. Este último era e continua a ser essencial para manter o controlo do veículo e evitar movimentos extremos.